Como surgiu o 3 por 4

Os idealizadores deste projeto foram unidos pelo destino.

A vida nos colocou na mesma empresa! Logo descobrimos uma bela amizade, onde houve um entrosamento e, confesso, parece que nos conhecemos há muuuito tempo!

Sempre respeitamos a opinão e os anseios de cada um, e com o tempo sentimos a necessidade de criar algo diferente onde você pode ser o que quiser. Esse é um sonho que está sendo realizado com muito amor e vontade de dar o que cada um de nós tem de melhor...

Queridos visitantes deste blog, criamos este espaço para mostrarmos para o mundo que: gays e heterossexuais podem viver em total harmonia, sintonia e acima de tudo muito respeito! Sejam muito bem vindos!

Apresentação



Somos os 3 por quatro!

E criamos este blog para ser um lugar LIVRE.

Onde podemos expressar o verdadeiro sentimento que cada um guarda em si.



Aqui não tem lugar para nenhum tipo de preconceito ou caretice.



VIVA A DIVERSIDADE!!!







quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Utopia e Barbárie (Silvio Tendler)



Para quem gosta de cinema, aqui vai uma dica para o fim de semana, que vale a pena ver:



“Vou falar hj sobre um dos mais respeitados documentaristas do Brasil “Sílvio Tendler “. Sílvio Tendler lançou-se, há 19 anos, num ambicioso balanço dos sonhos e decepções de sua geração - aquela que nasceu logo depois da Segunda Guerra Mundial.”


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“Tenho amigos que ainda acreditam na utopia e alguns poucos que dizem que Che Guevara era um assassino, que Karl Marx fez um mal terrível à humanidade e que os movimentos de luta armada contra a ditadura militar no Brasil eram feitos por assaltantes de bancos e assassinos. E ainda culpa a Teologia da Libertação como uma das causadoras da queda da popularidade da Igreja Católica no Brasil."

(Ailton Monteiro)
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Faço dele minhas palavras e acho também fico lá e cá no quesito MURO, pois não sou assim tão engajada politicamente tanto quanto gostaria! Mas sei discernir as mudanças de forma globalizada. A forma como somos governados. Tenho que admitir que não temos muitos parâmetro hoje, como tínhamos a algumas década atrás, e politicamente falando, não vejo mais infelizmente, aquela inquietude no rosto das pessoas quando falamos sobre política, economia ou sistemas de governo, no qual poderíamos ou não estar "provando". Isso realmente é uma pena, pois estamos cada vez mais caindo em um buraco de total escuridão e desconhecimento. Digamos que a minha geração (anos 80) foi a última, até dado momento, que realmente se interessava por conhecimentos e inquietudes nesta área tão importante que é a “política”.
Por este motivo, mais uma vez, indico este documentário de forma 'nostálgica', perante uma época rica e única, em vários aspectos de cunho político, econômico e também histórico.


(Alessandra Gama)

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Fonte: Diário de um Cinéflio
Por Ailton Monteiro

"Acredito que depois da queda do muro de Berlim, do fim dos governos comunistas, e com as inúmeras denúncias de atrocidades cometidas durante os governos chineses e soviéticos, fica difícil acreditar em sistemas políticos. Mas uma coisa é preciso ter: esperança. Apesar das desilusões, ainda é possível ver bons exemplos de progresso na política. Inclusive no Brasil. E isso nos ajuda a seguir em frente e acreditar que o futuro pode não ser assim tão sombrio quanto se imagina.

UTOPIA E BARBÁRIE (2010) é o documentário que Silvio Tendler passou quase vinte anos para finalizar. Desde 1990, com a chegada ao poder do primeiro presidente brasileiro eleito pelo voto popular (Collor de Mello) e com a queda do muro de Berlim, Tendler, meio desiludido, tentou juntar os pedaços daquilo que ele acreditava e começou esse projeto ambicioso de traçar um painel gigante dos caminhos da esquerda no mundo a partir do fim da Segunda Guerra Mundial. Por isso que um título alternativo dado ao filme é "Histórias de nossas vidas ou ter 18 anos em 68". Tendler faz parte dessa geração, que acreditava no Socialismo como alternativa viável para o Brasil. Inclusive, seu trabalho mais famoso e que foi sucesso de bilheteria no país é o documentário JANGO (1984), que trazia no cartaz: "como, quando e porque se depõe um Presidente da República".

E vendo a história de João Goulart, difícil não ficar indignado, ainda que existam aqueles que ainda crêem que a ditadura militar foi um mal necessário. Mas um dos aspectos positivos do documentário é que, mesmo sendo um filme de esquerda, Tendler dá voz também àqueles que discutiam as soluções encontradas para lutar contra a ditadura no Brasil. O melhor exemplo é o poeta Ferreira Gullar, que achava um absurdo a idéia de pegar em armas sem ter experiência e lutar contra o exército, a marinha e a aeronáutica. "Aqui não é Cuba, aqui é um continente", diz ele a certa altura. Pareceu-me um dos depoimentos mais lúcidos. O principal erro do filme é tentar abarcar tanta coisa em apenas duas horas. Se ele se centrasse só no Brasil, talvez não tivesse tanto esse problema, mas Tendler tem a pretensão de falar do mundo todo. Ainda assim, acho que o filme, até por ter pressa em contar tanta coisa, tem um ritmo que não cansa, e ainda traz imagens históricas que a minha geração vivenciou e guarda fortes lembranças, como o dia do Impeachment de Collor.

Mas a década mais destacada no documentário é justamente a década de 60. Principalmente o ano de 1968, o ano mais convulsivo do século. Todo o mundo parecia estar num estado de ebulição. Jovens dos Estados Unidos se recusavam a se alistar; no Brasil, jovens peitando a polícia nas ruas; o mesmo ocorrendo na França, entre outros movimentos político-sociais que eclodiram. Assim, assunto não falta. E não faltam também ótimos depoimentos, numa relação tão extensa que prefiro não citar. Mas vale destacar Dilma Rousseff, atual candidata do governo para a Presidência da República. Até por ela estar em evidência, sua participação no filme pode até causar certo transtorno, ainda que não tanto quanto o filme LULA, O FILHO DO BRASIL. Retirar o depoimento de Dilma tornaria o filme menos rico, pois ela participou da luta armada e chegou a ser presa e torturada durante os anos de chumbo.

Enfim, há tanto o que se falar. Concordo que seria um ótimo filme para ser apresentado em escolas e outras instituições, pois além de ter o seu aspecto didático, é também emocionante. Inclusive, não me lembro de nenhum outro filme onde o público reagiu com palmas ao final da sessão. A última vez que eu vi isso acontecer foi com SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS, há vinte anos. Tudo bem que foram palmas tímidas, mas não deixa de ser uma reação surpreendente para os dias de hoje."

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"Não se pode confiar no imperialismo, nem um tantinho assim. (...)
Porque a natureza do imperialismo é o que bestializa os homens." (Che Guevara)

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